Após Meta, Amazon, Twitter e muitas outras, o anúncio dessa vez é da HP, que deve eliminar até 6 mil empregos até 2025
O ano não está fácil para as empresas de tecnologia. Altamente dependentes de liquidez dos recursos levantados com o mercado financeiro, situação que é encontrada quando os juros estão baixos, as techs enfrentam uma situação econômica bastante oposta ao ideal para a sustentabilidade de seus negócios. A política contracionista adotada pelos bancos mundiais para controlar a inflação tem penalizado o desempenho dessas companhias. Com o cenário econômico ainda turvo, uma onda negativa começa a se avolumar, resultando em resultados financeiros fracos e demissões em massa.
Após Meta, Amazon, Twitter e muitas outras, o anúncio desta vez é da HP, fabricante americana de computadores pessoais, que eliminará entre 4 mil a 6 mil empregos até o fim do ano fiscal de 2025 para reduzir custos. Os cortes devem resultar em uma economia de até 1,4 bilhão de dólares. Segundo o presidente da companhia, Enrique Lores, após um difícil quarto trimestre fiscal e uma perspectiva não tão boa pela frente, era necessário cortar mais de 10% da força de trabalho, como parte de uma estratégia para criar uma HP “pronta para o futuro”. A empresa possuía um total de 51 mil funcionários em todo o mundo, sendo assim, as demissões representam um corte de 12% na força de trabalho da empresa.
Os juros altos e a queda do poder de compra das famílias também impactam as vendas de computadores. As vendas da HP caíram 11% em comparação ao mesmo período do ano passado. Após o pico de consumo durante a pandemia – estimulado pelos juros baixos e pela própria condição de isolamento social e de home office – as vendas de computadores e notebooks caíram. A HP registrou um prejuízo de líquido de 2 milhões de dólares no quarto trimestre fiscal de 2022, revertendo o lucro líquido de 3,1 bilhões de dólares registrado no mesmo período do ano passado. As receitas líquidas também diminuíram 11%, para 14,7 bilhões de dólares.
A Meta, controladora do Facebook, WhatsApp e Instagram, anunciou recentemente um corte de 11 mil empregos em toda a empresa, o maior plano de demissões da sua história. A Amazon tem plano de demitir até 10 mil funcionários até o fim do ano. A Tesla, de Elon Musk, também realizou um corte de 10% da força de trabalho e, no comando do Twitter, o empresário também fez uma demissão em massa na rede social. Microsoft, Netflix e Disney também reduziram o quadro de funcionários e congelaram contratações.