Brasileiras vítimas de esquema de troca de malas querem justiça

Duas cidadãs brasileiras, Kátyna Baía e Jeanne Paolini, que foram vítimas de um esquema de troca de malas e ficaram detidas na Alemanha por 38 dias, expressaram sua intenção de processar a polícia e o governo alemão. Em uma entrevista concedida à TV Bandeirantes, as vítimas revelaram que seus advogados estão tomando medidas legais contra os responsáveis no Brasil e que, posteriormente, será aberta uma ação judicial na Alemanha. Elas aguardam a conclusão da investigação sobre o incidente no país europeu para então mover uma ação contra as autoridades alemãs. Kátyna e Jeanne alegam que enfrentaram diversos problemas durante a abordagem policial, incluindo casos de xenofobia, e relatam que, mesmo após apresentarem provas de que as malas contendo drogas não pertenciam a elas, a polícia agiu com truculência.

Na terça-feira, dia 18, pelo menos 16 pessoas foram presas em uma operação da Polícia Federal que visava desmantelar uma organização criminosa responsável pelo envio de mais de 120 quilos de cocaína para a Europa por meio do Aeroporto Internacional de Guarulhos. Dois criminosos ainda estão foragidos. De acordo com a PF, entre os detidos estão os líderes do crime que resultou na prisão das brasileiras. Com a colaboração de funcionários do aeroporto, os criminosos realizavam a troca de etiquetas de bagagens de viajantes para enviar a droga ao continente europeu. No total, a Operação Efeito Colateral está cumprindo 45 mandados judiciais em Guarulhos e São Paulo, incluindo 16 de prisão preventiva, dois de prisão temporária e os demais de busca e apreensão.