Em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira, 24, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), expressou sua discordância em relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a respeito das novas regras de limitação do acesso às armas. Enquanto o presidente acredita que o decreto dificultará a ação dos criminosos na obtenção de armamentos, Tarcísio argumenta que a compra de armas pelos criminosos nunca foi uma tarefa difícil, já que eles se mantêm bem armados, o que exige ações de segurança pública para combater o contrabando de armas ilícitas. Para o governador, o cidadão armado possui um poder de dissuasão que pode fazer o criminoso pensar duas vezes antes de cometer um delito.
Tarcísio ressalta que todos os programas anteriores para resolver essa questão fracassaram, defendendo a necessidade de uma abordagem conjunta, envolvendo várias pastas e esferas municipais, estaduais e federais. Ele também considera fundamental a mudança na legislação para evitar que os criminosos presos retornem às ruas. Enquanto aguardam tais mudanças, as operações na região devem prosseguir. O governador busca uma abordagem integrada, buscando a colaboração de especialistas e embasando-se na literatura disponível.
Essa entrevista aconteceu após a apresentação de um balanço de uma megaoperação contra a criminalidade que envolveu os Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Nessa operação, aproximadamente 1,2 mil suspeitos foram detidos, e 11 toneladas de drogas foram apreendidas.