Gabriel Boric destaca a urgência de reconhecer a guerra na Ucrânia

Gabriel Boric, fez um depoimento enfático durante a Cúpula CELAC-UE, enfatizando a necessidade de reconhecer a guerra na Ucrânia
17.07.2023 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante fotos oficiais da III Cúpula CELAC-UE. Edifício Europa – Bruxelas - Bélgica Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente do Chile, Gabriel Boric, fez um depoimento enfático durante a Cúpula CELAC-UE, enfatizando a necessidade de reconhecer a guerra na Ucrânia como um problema central na América Latina. Ele ressaltou que a situação na Ucrânia é uma guerra de agressão imperial que viola o direito internacional. Além disso, Boric destacou a importância de a América Latina se manifestar claramente sobre o assunto, a fim de que a declaração conjunta avance. Nesse sentido, enviou um recado aos parceiros presentes na cúpula, destacando a importância da solidariedade diante dessa questão.

No encontro, as discussões acerca da guerra na Ucrânia geraram divergências que acabaram ofuscando outros temas relevantes, tais como acordos comerciais, reformas financeiras, mudança climática e transição energética. Ademais, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, reforçou o repúdio do Brasil ao uso da força como meio de resolver disputas, ressaltando a importância de iniciativas voltadas para a cessação das hostilidades e uma busca por uma paz negociada. Diante desse contexto, torna-se evidente a necessidade de abordar a questão ucraniana de maneira efetiva, a fim de retomar a discussão sobre os demais assuntos que estão em pauta na cúpula.

Boric aproveitou a oportunidade para ressaltar os avanços alcançados no multilateralismo, na democracia, nos direitos humanos e na transição energética nas Américas e na Europa. Ele defendeu a importância de uma relação igualitária entre UE e CELAC, baseada no respeito aos direitos humanos e ao direito internacional. Além disso, ele destacou os esforços de seu país na construção de uma economia sustentável, por meio da exportação de recursos naturais e da criação de valor agregado. Nesse sentido, é crucial que se avance em direção a uma distribuição mais justa da riqueza.