Ao ser chamado pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, para conduzir o presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, à mesa para diplomação, o ministro do TSE Benedito Gonçalves parou, abraçou Moraes e disse: “Missão dada é missão cumprida”.
A declaração foi uma quebra de protocolo na cerimônia desta segunda-feira (12/12). Em toda diplomação, dois ministros do TSE são chamados para conduzir o presidente eleito. Outros dois ministros acompanham o vice-presidente eleito até a mesa.
No caso de Lula, Alexandre de Moraes disse: “Solicito que suas excelências, o ministro Ricardo Lewandowski e o ministro Benedito Gonçalves, conduzam ao plenário o excelentíssimo presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva”.
Lewandowski passou direto e foi cumprir o rito. Benedito, no entanto, parou ao lado de Moraes e fez o comentário: “Missão dada é missão cumprida”.
Nas redes sociais, a fala foi usada de maneira descontextualizada por bolsonaristas para criticar a Corte e a condução das eleições de 2022. Ao Diário Federal, o TSE negou quaquer irregularidade na cerimônia.
Benedito Gonçalves é ministro com uma série de ações importantes contra fake news e em processos que podem levar a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL) dentro do TSE. O uso político da fala foi usado sempre em tom de associá-lo a Lula e acusá-lo de parcialidade.