20.5 C
Brasília
segunda-feira, 21 outubro 2024 23:57

Segundo IBGE, mais de 60 milhões de brasileiros estão vivendo na pobreza

As mais lidas agora

PEC do estouro é protocolada no Senado

Após 13 dias de debate no Senado, a...

Temor a Deus

  "O temor do Senhor é o princípio da...

Casal é chicoteado e espancado por apoiar Bolsonaro

Tribunal do Crime cobra casal que fez campanha...

Mistério de Deus

QUERIDA MOCIDADE, QUERIDOS PASTORES: Assim diz a Santa...

Fazer malabarismo para sobreviver com uma renda de menos de 30 reais por dia é a missão de 62 milhões de brasileiros. É o maior número de pobres desde o começo da série história do IBGE.

Entre 2020 e 2021, quase 6 milhões de pessoas atravessaram uma linha trágica: a da extrema pobreza. Estamos falando da população que vive com uma renda diária de apenas R$ 10. Os extremamente pobres se concentram nas regiões Nordeste e Norte do Brasil.

Para enfrentar a miséria, que se agravou na pandemia, o governo federal criou o Auxílio Brasil. Foi necessário aumentar o Teto de Gastos com a chamada PEC da Transição para garantir o pagamento de R$ 600 por mês, a partir de janeiro. A ex-ministra do Desenvolvimento e Combate à Fome Márcia Lopes diz que estavam previstos R$ 400, então era preciso um montante para atender o conjunto de 21 milhões de famílias no Brasil para que elas pudessem continuar recebendo os R$ 600.

Segundo ela, houve um corte drástico no orçamento previsto para o ano que vem destinado aos serviços de Assistência Social que atendem à população vulnerável.

“Cortou-se 96% do orçamento da Assistência Social, dos serviços que chegam diretamente à população, os CRAS, o CREAS, os centros de população de rua, os acolhimentos, o que deixa os municípios numa situação muito dramática”, afirma Márcia.

Aldaíza Sposati, professora de Seguridade Social da PUC de São Paulo diz que o atendimento à população pobre está garantido na Constituição de 88, que criou o SUAS, Sistema Único de Assistência Social. Mas a realidade é outra.

“O salário família para quem recebe até R$ 1600 por mês é R$ 56 por criança até 14 anos. Pergunto: como é que se sustenta criança com R$ 56 por mês?”, questiona Sposati.

A professora ressalta que não se discute qual é a política que se tem de apoio aos municípios para manter a atenção dessa população, quantas residências inclusivas faltam, quantos locais de atendimento à criança, quantas famílias acolhedoras poderiam estar acolhendo crianças para evitar a institucionalização e onde está a atenção à orfandade. Não se sabe nem quantos órfãos se tem no país, segundo ela.

Indiara perdeu a mãe para a covid-19 em um momento em que já enfrentava a dor do desemprego. Ela recorreu ao Auxílio Brasil e recebe R$ 400 por mês, por causa do desconto de um empréstimo.

“Para comer mistura aqui é duas vezes na semana, no máximo, geralmente é um ovo que a gente apela pro ovo”, desabafa a empregada doméstica.

Enquanto se vira para sobreviver, Indiara e tantos outros brasileiros esperam um futuro diferente, com mais oportunidade de emprego e um salário para poder pagar as contas em dia.

Fonte: SBT NEWS

- Publicidade -spot_img

Você vai gostar disso

Ultimas Notícias

Anitta se irrita com comentários e rebate: ‘Não venci na vida por causa de um boy’

Anitta ficou extremamente irritada com os comentários de...

CPI do 8 de Janeiro: Presidente da comissão dá 48h para Dino liberar imagens

A CPI do 8 de janeiro retomou seus...