O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP), um dos fundadores do MBL, anunciou que pretende tornar o movimento um partido político, e lançar o apresentador Danilo Gentili como candidato da futura sigla para a Presidência da República em 2026.
“A gente tem defendido e vamos construir para 2026 a candidatura do Danilo Gentili e ele vai disputar”, declarou o parlamentar.
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Durante participação no podcast “Flow”, Kataguiri explicou que dará início ao processo para transformar o Movimento Brasil Livre em uma sigla partidária. Para isso, a ideia é colher assinaturas, que são obrigatórias, inclusive em shows de Gentili.
Ao ser confrontado pelo apresentador Igor 3K que, na hipótese de o apresentador disputar o Palácio do Planalto e sair vencedor nas urnas em 2026, o país se tornaria a Ucrânia, já que o mandatário do país europeu, Volodimir Zelenski, é humorista, Kim destacou que o ex-presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, também saiu das telinhas para se tornar chefe da Casa Branca em 1981.
O MBL (Movimento Brasil Livre) liderado por Kim Kataguiri surgiu durante as manifestações pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Posteriormente, diversos nomes ligados ao MBL disputaram cargos públicos e se elegeram. Em 2018, o movimento endossou a candidatura de Jair Bolsonaro (PL) contra Fernando Haddad (PT) no segundo turno ao pregar o “voto útil” no político de extrema direita.
Já no começo do antigo governo, Kataguiri e outros integrantes do movimento abandonaram Bolsonaro.
O vereador Fernando Holiday, um dos principais nomes do MBL, deixou o movimento sob a alegação de que “o combate ao aborto e a causa LGBT não são bandeiras do MBL”.
Homossexual assumido, Holiday continua se posicionando nas redes de forma alinhada a Jair Bolsonaro. Em 2022, ele tentou se eleger deputado, mas não conseguiu. Em seguida, saiu do Novo e anunciou que não concorrerá mais a cargos públicos.
Outro episódio polêmico envolvendo o MBL e seus membros foi o protagonizado pelo ex-deputado estadual Arthur do Val, o Mamãe Falei, que chegou a ser pré-candidato ao governo de São Paulo em 2022.
Entretanto, após vazar nas redes um áudio em que Arthur diz que as mulheres ucranianas “são fáceis porque são pobres”, ele teve o mandato cassado na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).
Na ocasião, o MBL repudiou as falas de um de seus membros mais famosos, mas atribuiu as críticas e a repercussão negativa nas redes a “aproveitadores”.