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quinta-feira, 26 dezembro 2024 11:00

A Moda faz parte de um estilo que se escolhe para viver

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O que é possível dizer sobre a Moda? Para muitos ela não é importante, não é assunto que mereça muita atenção. É vista como uma coisa fútil que agrada a um público mimado e superficial. Para outros, ela é um modo de vida ou faz parte de um estilo que se escolhe para viver. Modo de vida é tudo o que passa a ditar ou balizar escolhas; as músicas que esse indivíduo vai ouvir, as roupas que vai usar, o design dos móveis, etc.

Muitos enxergam a Moda como um jeito de ganhar a vida. Fazem dela a sua ocupação, o seu objeto de elaboração e criação, a mercadoria distribuída e/ou promovida. A moda movimenta um mercado cada vez maior, atraindo publicidades cada dia mais caras e sofisticadas. Ela tem a sua linguagem.

É fácil perceber que ao longo dos anos a moda mudou muito. Após a Segunda Guerra Mundial, com a emancipação da mulher e a inserção no mundo do trabalho, essa moda vem mudando cada vez mais. Todos os anos aparecem coisas novas nas passarelas e nas vitrinas que chamam a atenção do mais variado público.

E a imprensa? Como fica diante de tantas transformações? Com a mudança na vida feminina a imprensa se viu obrigada a mudar também. Coube a ela inserir essa mulher na sociedade trazendo mais informações sobre comportamentos e ações até então pouco explorados, dedicando periódicos exclusivos para esse novo público que estava surgindo. As revistas femininas começaram a trazer para as mulheres, assuntos que até então, só eram tratados em livros que poucas tinham acesso. Assuntos como saúde, sexo, moda e beleza tornaram-se visíveis para as mulheres nesses periódicos.

O primeiro capítulo dessa pesquisa intitulado “Um Pouco de História” mostra como a moda está presente desde a hora do nascimento. Ajuda a entender como certa roupa pode dizer muito sobre quem a está usando. Depois fala sobre a história das revistas, incluindo as revistas femininas.

No segundo capítulo “Uma semiologia da moda segundo Roland Barthes”, a atenção é dirigida para os textos de moda, ou melhor, para o ‘vestuário-escrito’, como 16 Barthes prefere chamar. Qual a função desse vestuário e como ele é um importante norteador para as leitoras das revistas de moda femininas.

A forma como esse texto de moda é usado e inserido nas revistas, é o assunto abordado no terceiro e último capítulo “Vestuário-escrito na prática”, onde é feita a análise das revistas focando-se o interesse nesses pequenos, porém importantes textos.

O objetivo geral desse trabalho é saber se os textos são relativamente complicados, quando a moda se tornou algo tão amplo e utilizado pela população média tanto quanto o foi na vida da população elitizada. Para isso foram utilizados levantamentos bibliográficos e pesquisa documental dos enunciados das revistas Marie Claire, ELLE e Manequim.

As revistas de moda atuais estão trazendo cada vez mais fotografias e cada vez menos textos. Claro que a fotografia na moda é incomparavelmente importante, mas não tem como entender essas figuras sem um texto explicativo.

Os textos estão ficando cada vez menores, e cada vez mais complicados. Um leigo que folheia uma revista de moda, não entende o que está dizendo na revista. Não é tão simples entender o que é uma saia balonê.

Para aqueles que já vivem há muito tempo no mundo da moda é fácil saber, mas para quem não é acostumado, o fácil é se perder entre tantos nomes complicados de tecidos, modelos e cores.

Estudar a relação entre moda e texto é importante para facilitar o entendimento do leitor. Ao pegar uma revista de moda, o leitor deseja a facilidade e a fusão do texto com a foto.

Deve haver uma combinação entre os dois para que haja um bom entendimento. Os jornalistas de moda devem se preocupar em usar cada vez menos as palavras estrangeiras e ser cada vez mais objetivo.

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