O partido de extrema direita do presidente cessante do Brasil, Jair Bolsonaro, contestou alguns votos nas eleições de outubro, que o viram perder por pouco para o esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva.
O Partido Liberal pediu à Justiça Eleitoral que rejeitasse as cédulas de algumas urnas, que, segundo ele, foram comprometidas no segundo turno.
O tribunal deu agora ao partido 24 horas para alterar sua petição, para incluir o primeiro turno de votação.
As mesmas máquinas foram usadas nas duas vezes.
O partido de Bolsonaro teve um desempenho melhor do que o esperado no primeiro turno. A parte não apresentou prova de sua alegação de erros de máquina.
A vitória de Lula – com 50,9% contra 49,1% de Bolsonaro – foi homologada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), então o desafio pode não ir muito longe.
Trata-se de cerca de 280.000 máquinas de votação que foram modelos implantados antes de 2020. Bolsonaro afirmou anteriormente que o sistema de votação eletrônica do Brasil não é à prova de fraude.
Bolsonaro, embora não admita a derrota, deu sinal verde para uma transição presidencial. Ele se afastou do olhar público desde que perdeu a eleição em 30 de outubro.
Segundo seu partido, se descontados os votos em questão, ele venceria a reeleição “com 51,05% dos votos válidos, contra 48,95% de Lula”.
Imediatamente após a vitória de Lula ser declarada, muitos caminhoneiros apoiando o Sr. Bolsonaro ergueram bloqueios de estradas e houve confrontos com a polícia. Mas Bolsonaro disse mais tarde a eles que bloquear estradas não fazia parte dos protestos “legítimos”.
Alguns de seus seguidores continuaram se manifestando do lado de fora dos quartéis militares, pedindo uma intervenção militar para impedir a posse de Lula.
Bolsonaro põe fim ao silêncio sem conceder publicamente
Apoiadores de Bolsonaro bloqueiam estradas após derrota nas urnas
O mandato de Bolsonaro como presidente terminará quando Lula tomar posse em 1º de janeiro.
Lula, que já foi presidente de 2003 a 2010, hoje tem 77 anos e se tornará a pessoa mais velha a assumir o cargo.
A vitória de Lula foi um retorno impressionante para um político que não pôde concorrer na última eleição presidencial em 2018 porque estava preso e impedido de ocupar cargos públicos.
Ele foi considerado culpado de receber suborno de uma construtora brasileira em troca de contratos com a petrolífera estatal brasileira Petrobras. Sua condenação foi posteriormente anulada.
Bolsonaro, ex-capitão do exército, atraiu muito apoio de cristãos evangélicos e outros conservadores ansiosos para proteger os valores familiares. Mas seu mandato também viu o desmatamento acelerado da Amazônia e o aumento da desigualdade.