A tomada da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos pelo Partido Republicano nesta semana inaugura um período político de dois anos que ameaça trazer confrontos para o governo.
Ao mesmo tempo, um presidente da Câmara republicano e um presidente democrata tentam exercer o poder nas extremidades opostas da Pennsylvania Avenue, a sede do poder em Washington.
A possibilidade inédita de que o ex-presidente Donald Trump, que já se lançou candidato à Casa Branca novamente, possa enfrentar os tribunais pode dividir o país ainda mais num momento em que a democracia norte-americana sofre grave pressão.
Agitada desde já, a campanha presidencial de 2024 vai anuviar ainda mais o cenário, já que os dois partidos sentem que a Casa Branca e o controle do Capitólio estão em disputa após eleições de meio de mandato muito apertadas.
No exterior, a guerra na Ucrânia vive a possibilidade constante e alarmante de virar um conflito entre a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a Rússia. O cenário testará a vontade dos contribuintes norte-americanos de continuar enviando bilhões de dólares para sustentar os sonhos de liberdade de outros povos.
Enquanto lidera o Ocidente nessa crise, o presidente Joe Biden enfrenta também desafios cada vez mais fortes da China e dos alarmantes avanços nos programas nucleares do Irã e da Coreia do Norte.
Se 2022 foi um ano tumultuado e perigoso, 2023 pode ser tão complicado quanto.