O Ministério da Defesa e a Marinha confirmaram nesta quarta-feira, 1º, que vão afundar o porta-aviões desativado São Paulo. Há meses o navio está vagando no mar após ter a entrada vetada no Brasil e no exterior por conter uma substância tóxica no casco. De acordo com a nota das duas instituições, o naufrágio é inevitável. Em nota, ambos comunicaram que a Advocacia-Geral da União (AGU) vai tomar medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis para “reparar e salvaguardar os interesses do Estado Brasileiro”. No entanto, não foi detalhado quais providências serão tomadas neste caso. Uma empresa da Arábia Saudita chegou a oferecer R$ 30 milhões para comprar porta-aviões aposentado. No entanto, a Marinha, responsável pela operação do navio desativado, afirmou que há um “crescente risco que envolve a tarefa de reboque” em função da deterioração das “condições de flutuabilidade do caso”. O órgão diz que há “inevitabilidade de afundamento espontâneo/não controlado” e argumenta que não é possível adotar qualquer outra conduta, que não seja afundar a embarcação. O naufrágio acontecerá a 350 quilômetros da costa brasileira, em área com profundidade aproximada de 5 mil metros. O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) já havia informado que a Marinha iria afundar o porta-aviões. O instituto não é a favor da medida e defende que o navio seja levado para um porto brasileiro para ser reformado. O Ministério Público Federal (MPF) pediu a Justiça para que proibisse a Marinha de realizar o afundamento. Contudo, a solicitação foi rejeitada.