Nesta quinta-feira (15), é celebrado o Dia de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. No entanto, o Distrito Federal tem pouco a comemorar. Segundo um levantamento do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, a capital ocupa a segunda posição no ranking de denúncias de violência contra idosos no país.
Nos primeiros cinco meses de 2023, o Disque 100, serviço do governo federal, registrou 1.131 denúncias de violência contra idosos, em comparação com 733 no mesmo período de 2022. O DF perde apenas para o Rio de Janeiro em número de registros, seguido pelos estados do Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
Com uma população idosa de 365.514 pessoas, o que representa 11,84% da população total, de acordo com o Instituto de Pesquisa e Estatística (IPEDF), são vários os tipos de violência aos quais os idosos estão expostos, como violência psicológica, abuso financeiro e negligência.
A juíza coordenadora da Central Judicial do Idoso, Monize Marques, afirma que a maioria das violências é praticada no contexto doméstico, com filhos agindo contra seus pais.
Segundo a juíza, é comum que a pessoa idosa sinta vergonha de buscar ajuda, pois teme prejudicar sua relação com a família. Ela ressalta que, por se tratar de violência doméstica, todo o sistema de Justiça é sensibilizado não apenas para reprimir a situação, mas principalmente para fortalecer os laços familiares e promover a reestruturação familiar. A juíza explica que é necessário abordar não apenas a punição, mas também o apoio e a reconstrução das relações familiares.
Existem diferentes formas de denunciar a violência contra idosos. Além do Disque 100, é possível fazer denúncias na Ouvidoria do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) através do telefone 0800 644 9500 ou pelo formulário eletrônico disponível. Também é possível obter atendimento na Central do Idoso, localizada no Fórum de Brasília, das 12h às 19h.