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quinta-feira, 21 novembro 2024 10:26

Dilma vai receber salário de R$ 290 mil assumindo a presidência do Banco dos Brics

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Caso assuma a presidência do NBD (Novo Banco de Desenvolvimento), conhecido como banco dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) deve receber um salário de pelo menos R$ 290 mil por mês. O nome da petista foi indicado para o cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

A ex-presidente Dilma Rousseff deve ganhar um salário de pelo menos R$ 290 mil por mês se seu nome for confirmado como presidente do Novo banco de Desenvolvimento (NBD), mais conhecido como “banco dos BRICS”. Dilma se torna a primeira brasileira a comandar um banco multilateral.

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De acordo com o último relatório anual divulgado pelo NDB, o total de salários e benefícios pagos aos seis altos cargos do banco – formados pela presidência e as cinco vice-presidências – somam 4 milhões de dólares por ano. O relatório contábil não discrimina o valor custeado a cada um e apenas informa o gasto total.

Em um cenário hipotético, em que o valor fosse dividido igualmente entre as seis colocações, cada uma auferia US$ 55.500 por mês, ou o equivalente a 290.000 reais por mês. O Globo perguntou ao banco o valor exato, mas ainda não teve resposta.

Atualmente, a instituição financeira possui uma carteira de 32,8 bilhões de dólares, financiada por 96 projetos em todo o mundo. Segundo relatório divulgado pelo banco a meta é investir mais US$ 30 bilhões até 2026.

Brasil já recebeu US$ 5 bilhões

O NDB é um dos oito principais bancos de desenvolvimento do mundo ao lado de organizações como banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), banco Europeu de Investimentos, banco Africano de Desenvolvimento, banco Asiático de Desenvolvimento, banco Mundial, entre outros .outros.

À frente do NDB, Dilma terá como missão mobilizar recursos para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos Brics e em outras economias emergentes e países em desenvolvimento. No total, o Brasil já recebeu mais de US$ 5 bilhões do NBD desde sua fundação.

A China lidera esse ranking com mais de US$ 8 bilhões. Segundo um interlocutor da ex-presidente, sua indicação para presidir o banco seria também uma forma de reaproximar o Brasil da China, já que Dilma mantém boas relações com o presidente chinês Xi Jinping, que já estava no poder durante seu mandato.

O foco do banco é o financiamento de projetos de energia limpa e eficiência energética, infraestrutura de transportes, saneamento básico, proteção ambiental, infraestrutura social e digital. Tanto empresas privadas quanto órgãos públicos podem ter empréstimos aprovados pelo Banco dos Brics.

Obras financiadas

Entre alguns dos grandes projetos aprovados em 2022 estão a construção de uma linha de metrô na Índia e uma ponte rodoviária na China. No Brasil, foram aprovados no ano passado ações como um empréstimo para a prefeitura de Aracaju investir um valor de US$105 milhões para obras de saneamento básico, drenagem, pavimentação e recuperação de vias.

O NDB também aprovou um investimento de US$ 300 milhões para a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) realizar obras. Outro recurso destinado ao Brasil foi um valor de US$ 100,15 milhões para a Companhia Energética de Brasília (CEB) investir em lâmpadas de LED da iluminação pública da capital federal e construir uma usina solar fotovoltaica.

A instituição financeira foi fundada em 2014 e tem como sócios principais seus países fundadores: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Porém, o banco só passou a operar em 2016.

Combinados, os países sócios-fundadores somam 26% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e concentram 42% da população. Recentemente a instituição que fica sediada em Xangai também admitiu como novos membros Bangladesh, Emirados Árabes Unidos, Egito e Uruguai.

Segundo publicou o jornal Valor Econômico, o NBD é o banco multilateral em que o Brasil tem a maior quantidade de ações (20%). No BID, por exemplo, sua fatia é de 11,35%, e no Banco Mundial de 2,21%. Dono de um quinto da participação no banco, o país é sócio paritário ao lado de algumas das maiores economias mundiais como China e Índia.

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